domingo, 8 de maio de 2011

Eu gosto é do Contrário.



Coisa mais estranha essa, de querer o mínimo que as pessoas podem dar, o relacionamento. Não quero “relacionamento”. Para mim, relacionamento é só a palavra que relaciona uma coisa a outra. Uma pessoa a outra. Não quero isso.
Quero mais. Não quero que me relacionem a você, que pensem que uma coisa leva a outra, porque não leva.
Tenho certeza de que você não conhece metade do que eu gostaria que você conhecesse, como tenho certeza que te conheço o mínimo que és. Não me importo.
O que quero de você é mais simples: Tudo.
O tudo vincula o mundo, o universo. Tudo é tudo e não tem porquês.
Quero as palavras, o aroma, gosto, cabelos a pele e os pensamentos. Quero você com tudo que tenho direito. Tenho direito?
O anoitecer e o amanhecer.
À tarde e o entardecer. Quero Alvorecer você.
Penso que se um dia for algo aquém disso, se for relacionamento e suas amarras, se for o convencional da sociedade cristã de valores, não sobreviveremos.
O que quero dizer é que, nos perderemos se chagarmos a nos ganhar.
É disso que tenho medo. Do verdadeiro encantamento se acabar quando nos encaixarmos em cobranças&ciúmes&molduras , e sermos tudo aquilo que nunca fomos, que nunca ousamos ser. Se tivesse como garantia o meu coração de volta, inteirinho, sem pedaços faltando, doce e intenso, que nada mudasse, que tudo continuasse mágico como é, que se fosse de outra coisa fosse para coisa melhor que essa. E até dessa coisa melhor eu tenho medo, receio.
O que sonhei – no passado recente – já não encaixa mais no meu presente – ausente –
Se chegarmos a consumar o que já foi dado, o que já se experimentou, que sabe o gosto, ficaremos totalmente ( ou parcialmente ) gélidos, sem paladar, cegos dos olhos dos olhos, o tato nada será além do formigar da pele, não sentiremos. Não quero isso.
Preservarei o cheiro da tua pele, que está por onde eu sinto, o gosto na boca, no corpo, que é tudo que há muito tempo eu só sei sentir, os olhos. Castanho esverdeado, ou seria verde acastanhado? São lindos.

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